quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MECANISMOS DE ELETROANALGESIA

A Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS) estimula fibras A beta, mielinizadas, conduzindo informação ascendentes proprioceptivas, essas fibras são sensíveis às ondas bifásicas e monofásicas interrompidas, que é o caso da TENS e outros.
Existem algumas modalidades de TENS, a dita convencional (alta frequência e baixa amplitude de estimulação) que não promove contração muscular (embora possa eventualmente ocorrer).
A transmissão das fibras tipo A e do tipo C ocorre através dos nervos mistos que entram na medula pelo corno posterior, envolvendo a substância gelatinosa (lâminas II e III da medula) e dirigindo-se até onde as células de transmissão (células T - lâmina V) processam suas mensagens. Nas células T, segundo a teoria das comportas, acontece a passagem somente de ou ou outro estímulo, A ou C.
Se a transmissão através das fibras A (TENS) for predominante, o sinal de dor conduzido pelas fibras C é inibido nas células T e não ascende dos tratos espinotalâmicos laterais para o tálamo.
Se os impulsos das fibras C superam os das fibras A, a dor vai se manifestar. A base dos efeitos da TENS é a hiper-estimulação das fibras tipo A para bloquear a transmissão das fibras tipo C. Esta é a 1ª versão da teoria das comportas, que explica o alívio da dor com o TENS ligado.
Outra teoria, baseada na liberação de endorfinas que são produzidas pelas glândulas pituritárias e têm seu papel na modulação da dor. A dor, como qualquer outro estímulo estressante, serve como um estimulante para o corpo aumentar a produção de endorfinas e combater o estresse e a própria dor.
A estimulação elétrica não necessariamente dolorosa também pode estimular a produção de endorfinas. O aumento mais pronunciado da liberação de endorfinas se dá com a estimulação em baixa frequência (1 a 10 Hz) e alta intensidade (doses no limite do suportável para o paciente, quase sempre acontecendo contrações musculares fásicas). As dores crônicas dessa forma, reservando-se as frequências elevadas (80 a 200 Hz), associadas às intensidades baixas (confortáveis para o paciente, no nível de estimulação sensorial, sem a produção da estimulação motora), para dores agudas.
A segunda versão da Teoria das Comportas inclui as relações excitadoras e inibidoras entre a substância gelatinosa e as células de transmissão, assim como um controle inibitório descendente proveniente de sistemas do tronco cerebral.
Todas as conexões são excitadoras com exceção do elo inibidor que inter-relaciona a SG com as células T.

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